distanciamento social

OMS e médicos orientam evitar festas de fim de ano

Natália Müller Poll

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Foto: Uol/Folhapress

O fim de ano se anuncia, e famílias projetam como serão celebradas as festas de Natal e Ano Novo. Viagens e reuniões familiares e entre amigos marcam esse período. Mas, em função da Covid-19, muita gente ainda não pensou sobre o assunto.

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Na última segunda-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez uma conferência online transmitida de Genebra, na Suíça, para discutir a situação mundial do coronavírus. Sem especificar critérios, o órgão sugere evitar aglomerações. Foi o que aconselhou Maria Van Kerkhove, líder técnica para assuntos sobre a Covid-19 da OMS.

Enquanto não se tem a tão esperada vacina, medidas de prevenção devem ser mantidas. A médica infectologista Jane Costa garante que os números de casos e internações estão cada vez maiores, tanto na cidade quanto no Estado e no país, e que evitar aglomerações é essencial.

- Nas próximas semanas, vai piorar bastante a situação. Acho que, antes de se preocupar com festa de Natal e Ano novo, as pessoas devem se preocupar em chegarem vivas no fim do ano. Nem chegamos na pior fase dessa primeira onda. O que a gente precisa, para o momento, é conscientização - pede a médica.

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O médico epidemiologista da Vigilância e coordenador do Centro de Referência Municipal de Covid-19 em Saúde, Marcos Lobato, também acha que o distanciamento físico é a mais importante medida de contenção da doença.

- É melhor evitar fazer reuniões familiares, principalmente quem tem parentes idosos. Se quer dar presentes, faz uma visita rápida mesmo, sem abraço. É o que o momento pede, já que os números estão aumentando e as UTIs estão lotadas. O pior ainda não passou - aconselha Lobato.

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O presidente da Sociedade Riograndense de Infectologia, Alexandre Vargas Schwarzbold, concorda que é necessário evitar encontros de pessoas que não são do convívio familiar diário, mas acredita que há uma forma de celebrar o Natal com segurança:

- Se for reunir mais de oito pessoas que não são do núcleo familiar, concordo com a OMS em pedir que evite. Mas se, por exemplo as pessoas forem visitar os pais - idosos ou não - devem ter o cuidado de quarentena de sete dias antes.



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